Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego
O Brasil registrou saldo positivo de 106.625 mil vagas formais de trabalho em novembro. É uma queda em relação ao mês anterior, quando foram 132 mil postos abertos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
De acordo com o Caged, o Brasil contabilizou 1,978 milhões de contratações e 1,871 milhões de demissões em novembro. Quando se consideram somente os novos empregos gerados, sem considerar os desligamentos, cerca de 105.491 das vagas foram ocupadas por mulheres.
O resultado de novembro representa uma queda de 12,15% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram criados 121.366 empregos de carteira assinada foram criados.
De janeiro a novembro, o saldo de empregos formais é de 2,224 milhões. No acumulado dos últimos 12 meses (dezembro de 2023 a novembro de 2023), 1,772 milhões de postos de trabalho foram criados, saldo 22,2% maior do que o observado no período de dezembro de 2022 a novembro de 2023 (1,45 milhão).
Em novembro, 21 unidades da Federação registraram um saldo positivo, com destaque para São Paulo (+38.562), Rio de Janeiro (+13.810 mil) e Rio Grande do Sul (+ 11.865).
Segundo o Caged, o salário médio real de admissão em novembro foi de R$ 2.152,89. É um ganho real de R$ 27,34, em relação a outubro, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês.
Setores
Dois dos cinco principais grupos de trabalho registraram saldo positivo de postos de trabalho em novembro. Veja:
- serviços (67.717);
- indústria (- 6.678);
- comércio (94.572);
- agropecuária (-18.887);
- construção (-30.091).
O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Francisco Macena, atribuiu o desempenho negativo da indústria, agropecuária e construção à sazonalidade.
“No final do ano, os três setores historicamente têm uma dificuldade maior. A construção civil tem uma rotatividade muito grande no final do ano. Agropecuária, com safras que terminaram, traz impactos significativos. Todos estão relacionados a essa sazonalidade”, disse.
Na indústria, os segmentos de calçados e de biocombustíveis colaboraram para o resultado. Durante a apresentação dos dados, o secretário-executivo também citou a alta na taxa básica de juros, que está em 12,25%. De acordo com Macena, o patamar da Selic reduziu os investimentos no setor.
“Nós achamos essa taxa de juros excessiva. Houve uma movimentação do mercado que levou o Banco Central a tomar essas medidas. Continuamos na expectativa de que essa taxa possa ser reduzida no ano que vem. O ajuste fiscal foi feito. Agora é o período para analisar os impactos do ajuste fiscal”, afirmou.